9 de maio de 2011

A vida só nasce da morte, isto é, da perda de si mesmo


Se existem cristãos é porque, para a história, é necessário e faz sentido a diaconia cristã, isto é, o serviço, o dar-se aos outros.
Ser cristão é, deste modo, participar de uma diaconia em prol do todo, uma vez que só no todo somos verdadeiramente aquilo que somos.
Assim, constatamos que o cristianismo está orientado para o todo, só podendo ser entendido a partir da comunidade, por ser não a salvação do indivíduo isolado, mas sim acção ao serviço do todo.

Então, ser cristão significa essencialmente passar do ser em prol de si mesmo para o ser em prol dos outros; significa o abandono de uma atitude de centralização em si e a adopção da existência de Jesus Cristo que se move inteiramente para o todo.
Mas, para o ser humano atingir o todo tem que “seguir a cruz”, ou seja, o ser humano tem que deixar para trás o isolamento e a tranquilidade do próprio eu, tem que se afastar de si mesmo, para, contrariando o próprio eu, seguir o crucificado e colocar-se totalmente ao serviço dos outros.

“Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto”, pois, a vida só nasce da morte, isto é, da perda de si mesmo.

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